O final de 2020 e o “aquecimento” das operadoras de turismo
No mês de agosto, as operadoras de turismo do Brasil começaram a vender viagens para o final de ano (novembro e dezembro). Ao que tudo indica, a alta temporada poderá aquecer o setor. A Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) estima que os membros da associação (agências) são responsáveis por 90% dos roteiros de viagem comercializados no País.
A Associação acredita que o setor de turismo está passando por uma retomada após a pior fase da pandemia de covid-19, mas que tudo está acontecendo a passos lentos e graduais. O distanciamento social ainda existe, no entanto, se em abril, 54% das operadoras não fecharam nenhuma venda, em agosto, o percentual caiu para 21%.
87,5% das operadoras tiveram um agosto mais positivo
De acordo com o balanço divulgado pela Braztoa, o faturamento das operadoras ainda segue aquém do ano anterior. Cerca de 40% delas garante que o faturamento de agosto representa uma perda de 90% em comparação ao mesmo período de 2019. Entretanto, 87,5% das empresas consideram que agosto foi um mês mais positivo ou semelhante a julho.
Ou seja, a expectativa do setor para o segundo semestre, com relação ao mesmo período do ano anterior, é de um faturamento menor; mas, por outro lado, também pode representar o início da retomada do setor de turismo, o que envolve um momento de grandes expectativas para aeroportos, restaurantes, hotéis e outros serviços do segmento.
Perspectivas para 2021
A pesquisa da Braztoa também indica que mais de 65% das operadoras de turismo já venderam pacotes para viagens no primeiro semestre de 2021. Além disso, entre as participantes do estudo, quase 30% dizem ter feito algumas vendas para o mês de agosto do ano que vem, 44%, para setembro e 46%, para outubro. De toda forma, o percentual do primeiro semestre ainda supera o do segundo (que, por enquanto, teve pacotes comercializados por 38% das empresas).
Outro destaque do levantamento diz respeito à redução no cancelamento de viagens, já que, em julho, mais de 70% das empresas sofreram baixas com relação a cancelamentos, enquanto, em agosto, o percentual regrediu para 30%.
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